Sexta, 08/10/2010
Passou a sexta, e fiz o saco para ir passar o fim-de-semana à terra dos meus avós. Partimos sexta á noite, para podermos aproveitar melhor os dois dias.
Teresa: Chegámos! Já estava cheia de saudades disto.
Graça: Pois É. Já não vínhamos juntos há muito tempo.
Luís: Bom, já é tarde, vamos preparar as camas para irmos dormir.
Teresa: Sim, o Ricardo já devia estar a dormir. Fazemos como antes, tu e eu ficamos num quarto, a Graça noutro, e os miúdos noutro.
Graça: Pois, mas eles já não são propriamente miúdos Teresa…
Teresa: Aquilo já passou. Eles portam-se bem não é?
Rafa: Eu posso dormir na sala, não me importo.
Teresa: Nem penses! Aqui faz muito frio, e a lareira não vai ficar acesa toda a noite. O quarto tem duas camas, os teus primos ficam numa, e tu na outra.
Graça: Sim, tudo bem. O meu irmão? Não o encontro.
Rita: Tu já sabes como é o meu pai tia, deve estar no quintal a ver se as árvores estão em boas condições.
Teresa: Este ano não tivemos sorte com os limões. Pode ser que sejam melhores para a próxima. O quarto já está pronto, e o menino Ricardo vem já para a caminha.
Ricardo: Oh mãe… Posso dormir contigo? Vá lá…
Teresa: Não filho. Dormes com a tua irmã. Não podes estar sempre a dormir comigo e com o teu pai.
Ricardo: Vá lá mãe. É só hoje.
Teresa: Está Bem. Mas tu tens que perder esse medo filho. Não podes estar sempre a dormir na nossa cama.
Rita: Eu vou-me deitar. Boa noite.
Graça: Sim, vamos todos, querida. Até amanha.
Cheguei ao quarto e tirei o pijama do saco para o vestir. Estava a despir a camisola quando entra o Rafa e fica ali parado á porta.
Rafa: Desculpa. Eu saio.
Rita: Fica. Nós não somos nenhuns estranhos.
Ele dirigiu-se á cama que ficava ao lado da minha, e tirou as calças e a camisola e ficou de boxers.
-Eu sei muito bem que sentes uma atracção por mim sem igual, mas queres parar de olhar pra mim? Estou a sentir-me observado. (Diz em tom de brincadeira)
-Convencido. Também olhaste para mim, por isso cala-te.
-Mas eu posso, tu não.
-Parvalhão. O que é que foi isso? (Apontei para a enorme nódoa negra que ele tinha na zona abdominal)
-Foi a prancha. Fui levado por uma onda e a prancha bateu-me aqui. Tás preocupada é?
-Não, esse é o papel da tua namorada, não meu.
-Já cá faltava. Qual é o teu problema em eu ter namorada? Sou um homem livre, faço o que eu quiser. E como tu já me disseste uma vez: ‘’Esquece-me, não podemos ficar juntos.’’
-Ok. Então nesse caso não te importas que eu esteja a namorar com o Nando, pois não?
-Eu sabia! Com que então eu era o único não é? Vê-se! Fica lá com o Nandinho, quero lá saber disso.
-Ahah essa deve ser para rir. Vê-se mesmo que não queres saber. Por isso é que ficaste assim. Mas eu não sou como tu priminho. Eu não me atiro ao primeiro que me aparece á frente quando me chateio contigo.
- Então não estás a namorar com ele?
- Não!
- Acho bem, ele não é pessoa para ti.
- O que?! Poupa-me. Depois eu é que sou ciumenta.
- Dorme mas é, e não me chateies.
Sem comentários:
Enviar um comentário