domingo, 2 de outubro de 2011

Capítulo 16 – Ele é tão querido.


21:05 De volta a casa

Mal cheguei a casa liguei á Diana, para saber novidades.

-Estou?

-Dii! Já cheguei. Tá tudo bem?

-Sim amiga! E contigo? Tenho tanto para te contar…

-Sim, eu também. Queres ir sair?

-Amanha temos aulas oh esperta.

-Vem dormir cá a casa, assim falamos melhor.

-Tá bem! Quando acabar de jantar vou.

22:30 No meu quarto

-Vá, começa tu. Estás com uma cara de felicidade!

-Sabes o almoço de sexta feira? Com o Miguel?

-Sim, o que é que se passou?

-O Miguel viu mensagens do JP no meu telemóvel. E ficou super chateado.

-Hã? Então mas isso é mau! Mas o JP manda-te mensagens?!

-Calma! Deixa-me explicar. Eu tinha ido á casa de banho, e quando voltei ele não estava lá. Eu estranhei, pensei que se tinha passado qualquer coisa… Vi lá fora um rapaz loiro e alto como ele, mas quando fui lá não era ele.

-Mas porque é que ele se foi embora assim?

-Espera! Voltei para dentro, e quando ia a pegar no telemóvel vi que estavam lá mensagens do João. A dizer que tinha saudades minhas, a chamar-me amor, a dizer que me amava e assim.

-É preciso ter lata!!

-Pois! Eu só conseguia pensar no Miguel, de certeza que as tinha visto. Tentei ligar-lhe, mas não atendeu. Então á noite fui a casa dele.

-Mas tu sabes onde ele mora?

-Não sabia, por isso liguei ao Nando e ele explicou-me. Eu nem sabia que ele vivia com a irmã, ele nunca tinha dito nada sobre isso.

-E os pais dele?

-Morreram num acidente de carro quando ele era pequeno. Eu também só fiquei a saber na sexta á noite.

-Que mau…

-Podes crer. Mas continuando! Eu cheguei lá e fiquei bué admirada, a casa dele parecia um palácio… Com jardim, piscina, porteiro, empregadas…! Eu até pensei duas vezes se entrava ou não. 

-Eu sabia que ele e o JP tinham dinheiro… Mas não sabia que era assim. Mas continua, e depois?

-Cheguei ao portão e toquei, saiu duma casinha o porteiro que me perguntou o nome e com quem eu queria falar. Ele ligou para a casa, deve ter sido para saber se tinha autorização ou não. Depois entrei, e a irmã dele disse que sabia quem eu era, e disse para estar á vontade, que ele estava lá em cima. Foi super simpática, não estava á espera.

-O Miguel tinha que sair a alguém.

-Pois é. E ela também é loira de olhos verdes como ele. Mas pára de interromper que nunca mais acabo pá! Subi, e bati á porta do quarto, mas como ninguém respondeu entrei. Imagina lá a minha cara quando entro no quarto e está ele deitado na cama em tronco nu. Ele nem me viu chegar, tava a ouvir musica.

-Diana?! Como é que me encontraste?

-Eu tenho os meus contactos…

-Ai é? E foi o Nando ou o JP?

-Miguel, eu sei a razão de estares chateado. Mas tu melhor que ninguém sabes que eu nunca ia voltar a ter alguma coisa com o João. Ele já me tinha mandado mensagens daquele tipo, mas eu nunca respondi. E eu estou tão feliz contigo que nem achei importante.

-Ele não ia dizer aquelas coisas se não tivesse resposta.

-Não confias em mim? As mensagens que tu viste estavam na caixa das recebidas certo? Tu por acaso viste se eu lhe enviei alguma? Toma, vê. (Dei-lhe o telemóvel)

-A esta hora já as podias ter apagado Diana.

-Ainda assim não acreditas? Eu vou-me embora, quando acreditares em mim apita.

-Di, espera. (Parei, e olhei para trás) O bife estava bom? (Comecei a rir-me)

-Se isso é a tua maneira de pedir desculpa, tens que fazer um bocadinho melhor. (Veio devagar na minha direcção e beijou-me)

-Assim está melhor?

-Sim…

-E pronto, foi assim!

-Ohhh..! Que fofinho! O meu primo bem que podia ser assim, querido. 

-O que é que eu perdi? O Rafa…? Isso quer dizer que vocês…

-Fizemos as pazes, para variar.

-Eu sabia que não iam aguentar estar na mesma casa, vocês parece que pegam fogo quando estão juntos!

-É não é? Claro que é mais o meu dom natural do que o dela… Sou uma pessoa muito quente, tás a ver.. (Entra o Rafa pela janela, como de costume)

Rita:
Estás a ver? Era a isto que eu me referia! Era bom que esta peste fosse querida como o Miguel.

Rafa:
Deves ter muitas razões de queixa tu! Se eu fosse assim não era o teu mais-que-tudo.

Diana:
Mas será que vocês os dois são sempre assim?

Rita:
Quase sempre! Ouve lá, mas já não há privacidade? Eu estou acompanhada, adeus!

Rafa:
Oh, ainda não tinha percebido que estavas acompanhada. Peço imensa desculpa. Na verdade, eu vim aqui com um motivo oficial e muito bem intencionado.

Rita:
De que disciplina?

Rafa:
Vês Diana? É tão obcecada por mim que eu nem preciso falar. História.

Rita:
Vai buscar á segunda gaveta da secretária. Estão lá os apontamentos.

Rafa:
Thanks! Estou no ir. (Saiu)

-Mas acaba lá de contar, depois foste embora?

-Pst! (Estava o Rafa debruçado na janela)

Rita:
Ainda? Siiiiim???

Apontou com o dedo para a sua boca, como que a pedir um beijo. Dei lhe um beijo e depois de ele me puxar diversas vezes voltei para dentro.

-Tanto amor! Ainda dizes que ele não é querido.

-Tem dias. Mas acaba lá! Estou curiosa.

-Eu dormi com ele, e depois de manha ele levou-me a casa.

-Tu dormiste com ele?? Já?

-Calma! Foi só dormir, não aconteceu nada disso que estás a pensar. Foi por isso que foi especial, ele é diferente. Dormimos abraçados e ele não forçou nada. Se fosse como o JP não tinha aguentado.

-Que querido… Estou tão feliz por ti!

-Também eu! Bora dormir? Já tá tarde.

-Sim, vou trancar a porta.

-Porque?

-Medo de ladrões.

-Do que…?!

-Longa história ahah.

Sem comentários:

Enviar um comentário