07/09/2010, Segunda.
-Rita! Preciso que vás ao supermercado. A lista está em cima da mesa da cozinha. Eu trago o resto mais logo.
Se há coisa que eu odeio é ir às compras. Não tenho paciência nenhuma! Mas pronto, lá fui eu. Esta na fila para a charcutaria quando alguém vem ter comigo:
-Olá!
Viro-me para trás e vejo que é o Nando!
-Nando?! Tu aqui?
-Bem! Ficaste mesmo contente por me ver!
-Ah, desculpa. Não ligues! Fiquei apenas surpreendida por te ver em Sacavém. Tu não moras em Odivelas?
-Sim. Mas vim passar uns dias na casa da minha tia que mora aqui em frente.
-Ahh… Fixe!
-Olha, eu preciso de falar contigo sobre o que aconteceu no outro dia.
Nesse mesmo instante chegou a minha vez:
-Número 48!
Aproximei-me do balcão e fiz o meu pedido.
-Eu também acho que devíamos falar… Fazemos assim, eu vou já para as caixas que já estou despachada, e depois vens ter comigo lá fora. Tá bem?
-Sim. Só me faltam umas cenas, já vou lá ter. Até já.
Fiquei à porta do supermercado a pensar no que lhe ia dizer. Mas quanto mais pensava mais nervosa ficava, por isso optei por parar de pensar. Apenas viver.
-Demorei muito?
-Não. Foste rápido.
-Rita…
-Nando…
(Dissemos ao mesmo tempo)
-Desculpa, diz tu primeiro.
-Não! Diz tu, diz tu.
-Bom, eu queria pedir-te desculpa pelo beijo ontem, Eu pensei que tu também quisesses e deixei-me levar. Não te queria assustar.
-Mas era isso que eu te queria dizer, tu não me assustaste, eu também queria! Eu sei que fiz mal em ir embora assim, mas eu não sabia o que te dizer na altura. Mas agora sei.
-Isso quer dizer que…
-…que eu gosto de ti. E que quero estar contigo.
-E que aceitas ser minha namorada?
-Se isso for um pedido, sim. (Envergonhada)
Ele lançou-me um olhar terno, desviou o meu cabelo para trás da orelha, e fazendo-me festinhas suaves no rosto beijou-me lenta e suavemente a testa, o nariz, e posteriormente, a boca.
-Eu adoro-te. (Sussurrou-me ao ouvido)
-Adoro-te. (Respondi)
Namorámos por uns minutos, e aproveitámos o momento, mas já estava na hora de eu ir para casa, tinha que tomar conta do meu irmão.
-Eu levo-te os sacos até casa.
-Deixa estar, eu não moro longe. E também estás com sacos, eu vou sozinha.
-Nem penses! Eu vou só ali a cima deixar os sacos na minha tia e acompanho-te a casa! Espera aqui, eu não me demoro.
-Está Bem.
Deu-me um beijo rápido e entrou no prédio em frente ao supermercado.
-Vamos?
-Que rápido! Aposto que nem arrumaste as compras.
-Oh, não te queria fazer esperar logo no primeiro dia de namoro.
-Que querido…Olha que eu vou ficar mal habituada!
-É bom que fiques, porque a partir de agora vai ser sempre assim.
Trocámos um olhar carinhoso e seguimos caminho até minha casa. Finalmente estava tudo a entrar nos eixos.
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