domingo, 2 de outubro de 2011

Capítulo 4 – De mentira a verdade.

07/09/2010, Segunda.

-Rita! Preciso que vás ao supermercado. A lista está em cima da mesa da cozinha. Eu trago o resto mais logo.

Se há coisa que eu odeio é ir às compras. Não tenho paciência nenhuma! Mas pronto, lá fui eu. Esta na fila para a charcutaria quando alguém vem ter comigo:

-Olá!

Viro-me para trás e vejo que é o Nando!

-Nando?! Tu aqui?

-Bem! Ficaste mesmo contente por me ver!

-Ah, desculpa. Não ligues! Fiquei apenas surpreendida por te ver em Sacavém. Tu não moras em Odivelas?

-Sim. Mas vim passar uns dias na casa da minha tia que mora aqui em frente.

-Ahh… Fixe!

-Olha, eu preciso de falar contigo sobre o que aconteceu no outro dia.

Nesse mesmo instante chegou a minha vez:

-Número 48!

Aproximei-me do balcão e fiz o meu pedido.

-Eu também acho que devíamos falar… Fazemos assim, eu vou já para as caixas que já estou despachada, e depois vens ter comigo lá fora. Tá bem?

-Sim. Só me faltam umas cenas, já vou lá ter. Até já.

Fiquei à porta do supermercado a pensar no que lhe ia dizer. Mas quanto mais pensava mais nervosa ficava, por isso optei por parar de pensar. Apenas viver.

-Demorei muito?

-Não. Foste rápido.

-Rita…

-Nando…

(Dissemos ao mesmo tempo)

-Desculpa, diz tu primeiro.

-Não! Diz tu, diz tu.

-Bom, eu queria pedir-te desculpa pelo beijo ontem, Eu pensei que tu também quisesses e deixei-me levar. Não te queria assustar.

-Mas era isso que eu te queria dizer, tu não me assustaste, eu também queria! Eu sei que fiz mal em ir embora assim, mas eu não sabia o que te dizer na altura. Mas agora sei.

-Isso quer dizer que…

-…que eu gosto de ti. E que quero estar contigo.

-E que aceitas ser minha namorada?

-Se isso for um pedido, sim. (Envergonhada)

Ele lançou-me um olhar terno, desviou o meu cabelo para trás da orelha, e fazendo-me festinhas suaves no rosto beijou-me lenta e suavemente a testa, o nariz, e posteriormente, a boca.

-Eu adoro-te. (Sussurrou-me ao ouvido)

-Adoro-te. (Respondi)

Namorámos por uns minutos, e aproveitámos o momento, mas já estava na hora de eu ir para casa, tinha que tomar conta do meu irmão.

-Eu levo-te os sacos até casa.

-Deixa estar, eu não moro longe. E também estás com sacos, eu vou sozinha.

-Nem penses! Eu vou só ali a cima deixar os sacos na minha tia e acompanho-te a casa! Espera aqui, eu não me demoro.

-Está Bem.

Deu-me um beijo rápido e entrou no prédio em frente ao supermercado.

-Vamos?

-Que rápido! Aposto que nem arrumaste as compras.

-Oh, não te queria fazer esperar logo no primeiro dia de namoro.

-Que querido…Olha que eu vou ficar mal habituada!

-É bom que fiques, porque a partir de agora vai ser sempre assim.

Trocámos um olhar carinhoso e seguimos caminho até minha casa. Finalmente estava tudo a entrar nos eixos.

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