domingo, 2 de outubro de 2011

Capítulo 13 – Eu?! Eu não choro.



Sábado, 09/10/2010

Acordei cedo, ainda estava toda a gente a dormir. Como não conseguia dormir mais, fui tomar um duche. Comecei a cantar enquanto tomava a duche. O Rafa abre a porta da casa de banho:

- Queres-te calar?! Acordaste-me!

-Temos pena. Já é dia. (Continuei a cantar, ainda mais alto)

-Eu não acordo com as galinhas como tu! Não podias ter ido para outra casa de banho?

-Que eu saiba esta é a casa de banho do quarto em que estou, por isso, muda-te se quiseres.

-Cala-te pá. Ou queres que seja eu a calar-te? 

-Sim, pois.

-Oh Rita eu não estou a brincar, eu vou aí!

-Vai dormir que o teu mal é sono!

-Se tu me deixasses!

- A QUALQUER DIAA A QUALQUER HORAAA VOU ESTOIRAR PARA SEMPREEEE MAS ENTRETANTO ENQUANTO TU DURAAS TU PÕES ME TÃO QUEN……

O Rafa entra na banheira de boxers, com fita-cola na mão e tenta-me por na boca, eu aponto-lhe o chuveiro e empurro-o á medida que ele me tenta por a fita-cola na boca.

-Sai daqui oh estúpido!!! (Grito)

-Cala’te! Ainda acordas toda a gente.

-A boca é minha! SAAI

-Ai é? Anda cá. (Puxa-me para si e beija-me apaixonadamente)

-EU..O..DEIO…TEE.. (Digo entre beijos)

-Eu também te amo.

-Fogo, porque é que tu és tão parvo? Fizeste-me sofrer tanto.

-Eu não suporto ver-te com ele. Vocês ainda á pouco tempo namoraram, querias que eu pensasse o que?

-Queria que confiasses em mim!

-Desculpa amor…

-A tua sorte é que eu já não aguento ficar longe de ti! Senão não desculpava.

-Eu sei que não aguentas, és uma fraquinha tu.

-Olha quem fala! Tu choraste mais que eu!

-Eu?! Eu não choro.

-Não que ideia…

Continuámos abraçados e deitados na banheira até que se ouviu uma voz familiar vinda do quarto:

-Rafael? Rita? (Era a minha tia que devia estar á nossa procura)

-E agora?? Oh Rafa!! O que é que vamos fazer?

-Tem calma! Eu enrolo-me na toalha e vou lá, antes que ela venha aqui.

Deu me mais um beijo e assim o fez, e eu fiquei na casa de banho, a tentar perceber o que se estava a passar no quarto.

Rafa:
Mãe! Não entres assim no quarto, eu já não sou nenhuma criança.

Graça:
Eu ás vezes esqueço-me que já és um homenzinho. A tua prima?

Rafa:
Não sei, quando acordei ela já não estava aqui. Deve ter ido a casa da amiga daqui.

Graça:
Está Bem. Veste-te e desce para o pequeno-almoço. Até já.

Assim, que ela saiu, o Rafa trancou a porta e foi para a casa de banho.

-Anda cá. (Disse, embrulhando-me numa toalha) Estás gelada!

-Esta foi por pouco. Eles não podem descobrir outra vez! Vão afastar-nos de novo, eu não quero estar longe de ti.

-Nós só vamos poder contar-lhes quando já formos maiores, e olha que já não falta muito. Aí não vai haver ninguém que nos impeça de ficar juntos, eu prometo.

-Sabes bem que não é assim, eles nunca vão aceitar.

-Não penses nisso agora. O que interessa é o presente, deixa o futuro para amanha. E bora descer que daqui a nada vem cá a inspecção outra vez.

-Lá vou eu trepar a varanda! Não podias ter dito outra coisa? Agora tenho que entrar pela porta da rua.

-Não me lembrei oh totó. Não tropeces.

-Estúpido! Só tu pra me fazeres ir dar esta volta toda.

-E beijinho não há? Se morreres quero oh menos ficar com uma recordação.

-Já te disseram que és parvo?

-Dizes-me isso de 5 em 5 minutos.

Beijámos nos vezes e vezes sem conta, até que eu trepei da varanda para que não vissem que me encontrava dentro de casa.

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