Sábado, 09/10/2010
Acordei cedo, ainda estava toda a gente a dormir. Como não conseguia dormir mais, fui tomar um duche. Comecei a cantar enquanto tomava a duche. O Rafa abre a porta da casa de banho:
- Queres-te calar?! Acordaste-me!
-Temos pena. Já é dia. (Continuei a cantar, ainda mais alto)
-Eu não acordo com as galinhas como tu! Não podias ter ido para outra casa de banho?
-Que eu saiba esta é a casa de banho do quarto em que estou, por isso, muda-te se quiseres.
-Cala-te pá. Ou queres que seja eu a calar-te?
-Sim, pois.
-Oh Rita eu não estou a brincar, eu vou aí!
-Vai dormir que o teu mal é sono!
-Se tu me deixasses!
- A QUALQUER DIAA A QUALQUER HORAAA VOU ESTOIRAR PARA SEMPREEEE MAS ENTRETANTO ENQUANTO TU DURAAS TU PÕES ME TÃO QUEN……
O Rafa entra na banheira de boxers, com fita-cola na mão e tenta-me por na boca, eu aponto-lhe o chuveiro e empurro-o á medida que ele me tenta por a fita-cola na boca.
-Sai daqui oh estúpido!!! (Grito)
-Cala’te! Ainda acordas toda a gente.
-A boca é minha! SAAI
-Ai é? Anda cá. (Puxa-me para si e beija-me apaixonadamente)
-EU..O..DEIO…TEE.. (Digo entre beijos)
-Eu também te amo.
-Fogo, porque é que tu és tão parvo? Fizeste-me sofrer tanto.
-Eu não suporto ver-te com ele. Vocês ainda á pouco tempo namoraram, querias que eu pensasse o que?
-Queria que confiasses em mim!
-Desculpa amor…
-A tua sorte é que eu já não aguento ficar longe de ti! Senão não desculpava.
-Eu sei que não aguentas, és uma fraquinha tu.
-Olha quem fala! Tu choraste mais que eu!
-Eu?! Eu não choro.
-Não que ideia…
Continuámos abraçados e deitados na banheira até que se ouviu uma voz familiar vinda do quarto:
-Rafael? Rita? (Era a minha tia que devia estar á nossa procura)
-E agora?? Oh Rafa!! O que é que vamos fazer?
-Tem calma! Eu enrolo-me na toalha e vou lá, antes que ela venha aqui.
Deu me mais um beijo e assim o fez, e eu fiquei na casa de banho, a tentar perceber o que se estava a passar no quarto.
Rafa: Mãe! Não entres assim no quarto, eu já não sou nenhuma criança.
Graça: Eu ás vezes esqueço-me que já és um homenzinho. A tua prima?
Rafa: Não sei, quando acordei ela já não estava aqui. Deve ter ido a casa da amiga daqui.
Graça: Está Bem. Veste-te e desce para o pequeno-almoço. Até já.
Assim, que ela saiu, o Rafa trancou a porta e foi para a casa de banho.
-Anda cá. (Disse, embrulhando-me numa toalha) Estás gelada!
-Esta foi por pouco. Eles não podem descobrir outra vez! Vão afastar-nos de novo, eu não quero estar longe de ti.
-Nós só vamos poder contar-lhes quando já formos maiores, e olha que já não falta muito. Aí não vai haver ninguém que nos impeça de ficar juntos, eu prometo.
-Sabes bem que não é assim, eles nunca vão aceitar.
-Não penses nisso agora. O que interessa é o presente, deixa o futuro para amanha. E bora descer que daqui a nada vem cá a inspecção outra vez.
-Lá vou eu trepar a varanda! Não podias ter dito outra coisa? Agora tenho que entrar pela porta da rua.
-Não me lembrei oh totó. Não tropeces.
-Estúpido! Só tu pra me fazeres ir dar esta volta toda.
-E beijinho não há? Se morreres quero oh menos ficar com uma recordação.
-Já te disseram que és parvo?
-Dizes-me isso de 5 em 5 minutos.
Beijámos nos vezes e vezes sem conta, até que eu trepei da varanda para que não vissem que me encontrava dentro de casa.
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