domingo, 2 de outubro de 2011

Capítulo 23 – Aish… Que grande bebedeira.


Sentámo-nos na mota, e ficámos abraçados a conversar.

-
Tu estás gelada… (Aperta-me com mais força, para me aquecer)

-
Saí com tanta pressa que me esqueci do casaco em casa do Miguel.

-
Parva.. Isso é tudo amor por mim?

-
Sim seu palerma. Também não sabias ter vindo mais cedo? Querias fazer-me sofrer, era?

-
Talvez. (Dá-me um beijo no pescoço)

-
Hmm.. Conseguiste. Eles ficaram chateados por teres saído?

-
Nãã.. Estavam tão bêbados que nem deram por isso.

-Imagino. Então e agora, vamos para onde?

-Então, agora vamos voltar para a festa do Miguel.

-Tens a certeza? Podemos ir para o loft, se quiseres.

-Eu posso ir para a borga com eles noutro dia, hoje quero estar contigo. E a casa dele é já ali, por isso vamos.

Voltámos para a casa do Miguel, que continuava cheia de gente, talvez até mais do que quando saí. À entrada do jardim encontrámos uma rapariga que falou com o Rafa, cheia de sorrisos, provavelmente seria uma das suas ex-namoradas.

-Não acredito! Rafael?

-Vânia…! Tudo Bem?

-É Vanda.

-Desculpa, nunca fui muito bom com nomes.

-Não faz mal. Bem, à quanto tempo… Foi o destino que te trouxe até aqui.

-Pois…! Ou talvez uma mota. Bom… Olha, eu tenho que ir. A minha namorada está um bocado mal disposta, tás a ver? Enfim, deve ser da gravidez. (Olhei para ele, como que a perguntar o que ele estava para ali a dizer) Mas foi bom ver-te!

-Oh, eu percebo. Depois manda uma sms ou assim, o meu número ainda é o mesmo.

-Sim, eu mando. Fica Bem.

Continuámos a andar em direcção á porta da casa do Miguel.

-O que é que foi aquilo? (Pergunto, a rir-me)

-Aquilo chama-se espírito de sobrevivência. Passei bué tempo a fugir daquela miúda. Até á porta da minha casa ela ficava à minha espera.

-A culpa é tua, tu é que dás bola a todas, depois olha. Temos pena.

-Que gracinha. (Pára e rouba-me um beijo) Olha, por falar em gravidez, o meu irmão vai ser pai.

-A sério? Que giro. E o casamento é já daqui a uma semana.

-Pois é. O puto adiantou-se. Olha, eles estão ali.

Desviámo-nos das pessoas, e caminhámos até ao canto onde estavam todos.

Diana:
Que bom ver-vos! RITA! Eu estou farta de te ligar. Deixaste-nos preocupados.

Rita:
Eu esqueci-me do telemóvel no bolso do casaco. Desculpem.

Tixa:
Como é que chegaste ao loft?

Rafa:
Não chegou. Eu via quando vinha para aqui.

Miguel:
Ahh. Ainda bem que correu tudo bem. Sê bem-vindo Rafa, aproveita a festa.

Rafa:
ya, obrigado. (Cumprimenta-o)

Rui:
Eu não te disse que ele vinha? Só não acerto o euro milhões pá.

Rafa:
Olha-me este. Agora virou vidente. Ouvi dizer que tavas doente. Ainda te aguentas nas canetas, ou nem por isso?

Rui:
Oh, eu estou bem. Elas são umas exageradas.

Tixa:
Estás bem porque tomaste o medicamento, porque senão a esta hora estavas no hospital.

Rafa:
Há passagem melhor? Isso queria eu. Acordar num quarto com a enfermeira a dar-me banhinho.

(Pisca-lhes o olho)

Rita:
AI ÉÉ?! (Todos se riem)

Rafa:
Estou a gozar contigo princesa.

Rita:
Vê lá vê.

Rafa:
E então, o que é que se bebe?

Tixa:
Tá ali um homem no bar, a preparar as bebidas. 

Rafa:
Fogo, este gajo até um bar tem em casa. Posso mudar-me para aqui?

Miguel:
Espaço não falta! Eu vou buscar mais uma rodada.

Tixa:
Para mim é uma sagres.

Rui:
Traz os mesmos shots de á bocado.

Rita:
Rafa não abuses, que vais conduzir.

Diana:
Nem pensem! Nós dormimos cá todos, há para aí quartos até dizer chega.

Rita:
Ahh! Sendo assim, até eu vou beber.

Marisa:
Rita…?!

Nando:
Ehh láá. (Ri-se)

Rafa:
O quê?! Oh miúda, o que é que fizeste á minha namorada?!

Rita:
Que gracinha vocês. Quando não quero beber, refilam. Agora que disse que vou beber estão com essas caras.

Miguel:
Ora aqui estão. (Chega com as bebidas)

Todos:
À nossa.

04.15

As pessoas já começavam a sair aos poucos, o Miguel ia-se despedindo de todos. Estávamos quase todos bêbados, apesar de uns mais que outros.

Rita:
Tu… Tu… És tão lindo…Eu gosto tanto de ti. Tu gostas de mim, não gostas?  (Digo sentada ao seu colo e agarrada ao seu pescoço.)

Rafa:
Gosto amor.

Diana:
Aish… Que grande bebedeira. Eu estou bêbada mas não tanto! (Ri-se)

Marisa:
Nando..? Nando…? Oh pessoal, ele adormeceu! (Diz também a rir-se)

Miguel (Ao aproximar-se):
Bem, só restamos nós. O pessoal já bazou todo. Epáá… Vocês estão com uma moca do caraças. Acho que sou o único sóbrio daqui!

Rita:
Rafael? (Ainda sentada ao seu colo)

Rafa:
Sim..?

Rita:
Rafael? Eu quero fazer amor contigo. Tu és tão lindo… Fazes amor comigo?

Rafa:
Tshii.. Como tu estás! Oh Miguel, posso levá-la para cima?

Miguel:
Sim Sim. Aliás, é o que vamos fazer com todos. O Nando é que já está a dormir, vai mas é ficar a dormir aqui.

Rita:
Amor… Casas comigo?

Rafa:
Vá, já chega, anda cá. (Pega-me ao colo)

Rita:
Rafael…Casa comigo. (Digo abraçada ao seu pescoço enquanto ele subia as escadas comigo ao colo)

Rafa:
Sim, eu caso contigo. Mas de preferência num dia em que tenhas noção do que fazes.

Na sala:

Miguel:
Marisa, tu podes ficar no quarto da minha irmã.

Marisa:
Ok. A Tixa e o Rui?

Miguel:
Foram os primeiros a ir para cima. Já estão num quarto. O Nando parece uma pedra, nem que caia aqui uma bomba ele acorda, por isso fica aqui. E nós meu amor?

Diana:
Nós… Vamos para o teu quarto.

Miguel:
Ai sim?

Diana:
Hm Hm. (Beijam-se)

Miguel:
Vamos! (Abraça-a, e vão para o seu quarto)

No quarto:

Comecei a despir-me e a deitar as roupas para o chão.

Rafa:
Estás a fazer?

Rita:
Está aqui tanto calor..!

Rafa:
Estamos em pleno inverno, está tudo menos calor.

Fui a correr para a casa de banho do quarto.

Rafa:
Rita? O que é que foi? (Ao abrir a porta, viu que eu estava ajoelhada em frente á sanita, a vomitar) Aish. Tás mesmo mal. (Ajoelha-se ao meu lado e segura-me no cabelo)

Rita:
Ai…

Rafa:
Já tá?

Rita:
Já…

Rafa:
Anda cá. Vamos para a banheira.

Tomámos banho, e deitei-me de roupa interior.

Rafa:
Eu vou lá abaixo fazer um chá, o Miguel deve ter aí. Tu ficas aí quietinha ouviste?

Rita:
Está bem…

Passados 10 minutos:

Rafa (Ao entrar no quarto):
Aqui está o chá. Percorri os armários todos e… (Pára de falar quando se apercebe que eu já estava ferrada a dormir) Ok, esquece lá isso Rafa.

Bebeu ele o chá, e deitou-se a meu lado, fazendo me carícias no rosto.

1 comentário:

  1. Que máximo ;D
    Escreves muito bem mesmo :D é uma história muito engraçada, mas ao mesmo tempo comovente... Perfeita, resumindo :D

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