domingo, 2 de outubro de 2011

Capítulo 5 –A desilusão (Parte 1)


20/09/2010, Segunda.

Entretanto passaram 2 semanas, e chegaram as aulas. Já não podia estar com o Nando todos os dias, mas mesmo assim passávamos a vida juntos.
A sair das aulas com a Di:   

-Temos que nos preparar para as apresentações de área de projecto.

-Sim! Pois é. Eu estou cheia de medo. Aquilo vai ser á frente de quase toda a escola.

-Também eu! Olha, como é que vão tu e o Nando?

-Bem… Andamos á pouco tempo, mas eu gosto muito dele!

-Gostas muito dele… Não sei porque, mas não me pareces muito entusiasmada!

-Dii… Não agoires! Eu estou bem assim, e eu gosto muito dele sim.

-Eu acredito que gostes. Mas não pareces apaixonada. De certeza que não estás só a enganar-te a ti própria? Quer dizer, tu ficas com os olhos a arder cada vez que o Rafael está com alguém. E eu acho que ele faz de propósito.

-Di, eu estou bem com o meu namorado. O meu primo que seja muito feliz. E que me dê muitos priminhos com a namorada daquela semana. Podemos mudar de assunto? Como é que estás com o JP?

-Ok Ok, já não está aqui quem falou. Mas eu conheço-te, não te esqueças. Estamos Bem!! Eu estou tão apaixonada. Ele é lindo, e querido, e simpático, e…

-TÁÁ BEM. Eu fico por aí. Tanto amor! Estão mesmo nas nuvens.

-Pois é. Eu hoje vou fazer lhe uma surpresa. Comprei 2 bilhetes para os Guns N’Roses que ele adora. É para o dia 6 de Novembro, ele vai amar.

-Vaidosa! Vê lá, se agora me esqueces ó parvalhona! É só o namorado agora?

-Oh…Eu nunca te esqueço Bitch! Nunca!

-Eu sei! Era só para tu dizeres!

-Que engraçadinha! Vá, eu vou apanhar a camioneta pra ir ter com ele. Depois ligo-te.

-Ok. Beijinho. Jerk.

-Bitch!

Segui para casa, e fui jantar a casa dos meus tios. Fiquei á conversa com o Rafa no quarto dele, até ser tarde e ir dormir. De repente, ás 3 da manha acordo com o som do telemóvel. Era a Di.

-Estou… (meio ensonada)

-Rita…Desculpa se te acordei.

-Não…Não faz mal. Tu estás a chorar??! O que é que foi ?! Fizeram-te alguma coisa?

-Não…Quer dizer, sim. Rita, o João andou a enga…a enganar-me este tempo todo. (soluçava)

-Hã…O que?? Mas tu tens a certeza? Olha que ás vezes não é bem o que estamos a pensar.

-Eu vi! Eu vi Rita… Eu não posso ir para a casa assim, o meu pai ia ficar preocupado e eu tinha de lhe contar. Posso ir ter contigo?

-Claro que podes! Mas ele não vai ficar preocupado á mesma?

-Não. Eu quando vim ter com o JP disse lhe que ia ficar na tua casa, porque pensava que nós íamos passar a noite juntos. Rita eu preciso de sair daqui…

-Tem calma amiga. Estás aonde?

-Estou em frente ao prédio dele.

-Ok. Não saias daí. Não vais apanhar transportes a esta hora. O Rafa já te vai aí buscar.

-De certeza? Oh Rita, eu apanho um transporte qualquer, só quero sair daqui.

-Nem penses! Tu fica aí. Ele vai-te buscar. Eu vou chamá-lo. E mantém-te calma! Ele chega aí num instante.

-Até já.

Assim que desliguei, passei para a varanda do lado, e entrei pela janela do quarto do Rafa, que estava aberta.

-Rafa, acorda. (Tentava acordá-lo com pequenos abanões)

-Hãã… O.. O que é que foi?

-Eu preciso de ti, por favor.

-Para estares a falar assim é porque é grave. Estás bem?

-Sim. Veste-te que eu vou te contando.

Contei-lhe a situação e ele correu para ir buscá-la. Fiquei ansiosa até que finalmente chegaram. Fui ter com eles á porta do prédio. Ela estava a chorar, e cheia de frio apesar do Rafa lhe ter dado o casaco. Avancei apressadamente para lhe dar um abraço que sabia que ela precisava. Subimos para o meu quarto, e dei-lhe alguma roupa mais quente para dormir, a noite estava fria.

-Estás mais quente?

-Sim… Obrigada, aos dois.

-Não agradeças. Eu só quero que fiques bem. Queres falar sobre o que se passou?

-Rita…Agora ninguém vai contar nada. São quase 4 da manha, e nós temos aulas amanha. Vão dormir, que amanha falam. Precisas de descansar Diana.

-Sim, tens razão Rafa.

-Vá, eu vou voltar para a minha janela. Se precisarem de alguma coisa estou aqui ao lado. (Deu um beijinho suave na testa a cada uma e saiu pela janela)

Apaguei as luzes para dormirmos e fez se silencio. Estava bastante preocupada, e queria saber o que se passara. Mas a Di precisava de dormir. Quando estava a tentar dormir, interrompe-se o silencio.

-Rita…? Estás a dormir?

-Não amor. Precisas de alguma coisa?

-Sabes, agora percebo porque é que o amas.

-O que?

-Eu nunca pensei que ele fosse assim. Não é qualquer pessoa que faz o que ele fez hoje. Eu quero que saibas que agora percebo.

-Di…Eu não o…

-Não o amas.. (Interrompe-me) Sim, já disseste.

-Vá, vamos dormir. Até amanha.

-Ou daqui a 3 horas.

Sem comentários:

Enviar um comentário