domingo, 2 de outubro de 2011

Capítulo 20 – Saída de raparigas.


Quinta, 30/12/2010

09:45 – No quarto, a dormir.

‘’No matter how many times did you told me you wanted to leave, no matter how many breaths that you took you still couldn’t breathe…’’

-Siim…?

-Toca a levantar vá, vamos sair.

-Tixa… Agora??

-Sim! Saída de raparigas. Vamos às compras. Tens que estar no quiosque daqui a uma hora, por isso apronta-te.

-Só vocês para me fazerem levantar cedo nas férias! Vou tomar banho sua melga! Até já.

Tomei banho, vesti-me, tomei o pequeno-almoço, e caminhei até ao quiosque onde nos costumávamos encontrar.

Rita:
Bom Dia meninas.

Tixa e Diana:
Bom Diia!

Rita:
A marisca?

Tixa:
Ela deve estar a chegar.

Rita:
Onde é que vamos?

Diana:
Comprar a roupa para a festa da passagem de ano, claro! É verdade, falaste com o Rafa?

Rita:
Sim…

Diana:
Tou a ver que não correu bem… Não vens?

Rita:
Vou, claro.

Diana:
Tens a certeza? Eu não quero que vocês se chateiem por causa de uma festa!

Rita:
Tenho! Eu quero estar com as minhas melhores amigas!

Diana e Tixa:
Ohh… (Olharam uma para a outra e abraçaram-se a mim)

Rita:
Por falar em melhor amiga, olha quem vem aí.

Diana:
Mariscaa!!

Marisa:
Também quero um abraço, suas desnaturadas!

Integrámos a Marisa no nosso abraço de grupo e a Diana interrompeu-o.

Diana:
Vá, vá. Demasiadas fonhónhices para o meu gosto!

Rita:
Já cá faltava a anti-lamechices! Ahah.

Marisa:
Bom, vamos para a paragem que o autocarro sai de lá às 11.

A caminho da paragem:

Tixa:
Vocês sabem porque é que a senhora Di quer ir às compras com tanta urgência?

Rita:
Tu vais… Dormir com o Miguel?

Tixa:
Siim!!

Rita e Marisa: AHHH!!

Diana:
Opá! Não é só por causa disso!

Rita:
Ai não??

Diana:
Ok, é. Mas parem! Eu tou super nervosa!

Marisa:
É normal. Eu também vou estar de certeza.

Tixa:
Eu acho que todas estávamos, não é Rita?

Diana: A Rita é um caso á parte. Ela conhece o namorado desde que nasceu!

Rita:
Ahah. Pois, mas estava nervosa á mesma. E ele ainda estava mais que eu. Mas ouve, os nervos são só agora, porque no momento os nervos vão ser substituídos por outro sentimento que é escusado eu dizer! (Começámos as quatro a rir)

Diana:
Eu amo o Miguel, a sério… Nunca pensei que viesse a dizer isto, mas ele conseguiu que eu sentisse o que nunca senti por ninguém.

Tixa:
Então pronto! Nada de nervos, vai correr tudo bem. E não te esqueç…

Marisa:
Hã… Meninas? Eu detesto interromper o momento, mas aquele não é o nosso autocarro?...

Rita:
ÉÉ!!! Ahah. Boraa!

Começámos as quatro a correr como se não houvesse amanhã e a rirmo-nos ao mesmo tempo. Apanhámos o autocarro, e seguimos até à Gare do Oriente, onde apanhámos o metro para o Colombo. Passámos o dia a experimentar roupa, a tirar fotos, e por fim, a jogar bowling no funcenter. A Marisa ganhou, como sempre.

20:30

Diana:
Desisto! Esta miúda dá cabo de mim.

Tixa:
Aish oh Marisca. Tu não falhas uma!

Marisa:
Ahah. É talento natural meus amores.

Diana:
Estão a pensar no mesmo que eu? (Olha para nós as duas)

Marisa:
Hey, hey, sítio público, lembram-se? É que nem pensem!

Rita, Tixa e Diana:
MOCHEE À MARISCA!

Caímos todas no chão a rir, com a cara que a Marisa costumava fazer sempre que fazíamos isto.

Marisa:
Vocês são sempre a mesma coisa! Suas pestes.  

Diana:
Ai, tanto riso deu-me fome… Que horas são?

Rita:
Horas de ir comer. Vamos.

Entregámos os sapatos, e fomos jantar.

Diana:
É verdade, foi aqui que eu conheci o meu Miguel! (Diz com cara de apaixonada)

Tixa:
Uhh… ‘’O meu Miguel’’. Estamos bem, estamos.

Rita:
Pois foi. Apanhei um susto nesse dia, nem me quero lembrar. O que vale é que acabou tudo bem. Nunca mais tive com o Nando, tenho saudades de falar com ele.

Tixa:
Ele vai á festa.

Rita:
Eu sei. Vou aproveitar para estar com ele também.

Tocou o telemóvel da Tixa, ela atendeu, e era o Rui.

Diana:
Depois eu é que sou a apaixonada, olhem me p’ra aquilo. Até se baba a falar com ele. (A Tixa ouviu, e deitou-lhe a língua de fora)

Marisa:
Vocês todas apaixonadas, e eu eternamente solteira. (Diz, aborrecida)

Rita:
Porque queres amor. Porque é que não perdoas o Ian?

Marisa:
Ele traiu-me!! Eu nunca mais o quero ver á frente.

Rita:
Ele estava bêbado, e não está habituado. Ele tá farto de pedir desculpa, até dá pena. Sempre foi maluco por ti… E tu gostas dele que eu sei.

Marisa:
Não interessa. Acho bem que ele esteja a sofrer. Tu perdoavas o Rafa?

Rita:
O Rafa é diferente, ele já está habituado a beber, não se altera tanto. E se ele me traísse, sabia muito bem o que estava a fazer. O Ian estava fora de si, e deixou-se levar na conversa daquela estúpida que só gosta de ver as pessoas infelizes. 

Tixa:
Meninas, importam-se que não vá com vocês para casa? É que o Rui vem me cá buscar, vamos para casa dele.

Diana:
Já sei. Ficaste em minha casa.

Tixa:
Fico-te a dever mais uma.

Diana:
Vai lá. Beijinho

Despediu-se de todas, e foi se embora apressadamente.

Rita:
E nós? Vamos?

Marisa e Diana:
Sim.

Apanhámos os mesmos transportes, e voltámos a casa.

23:55 – Meu quarto.

-Mana, jogas comigo? (Diz o meu irmão, com o Pictionary na mão)

-A esta hora, pestinha? Não tens sono?

-Não. (Boceja) Jogas?

-Está bem. Entra e fecha a porta para a mãe não ver que ainda estás acordado.

Sentámo-nos na cama, a jogar. Não passaram nem quinze minutos e o meu irmão já estava a dormir. Arrumei o jogo, e levei-o ao colo para o seu quarto. De seguida deitei-me na minha cama, a ver o meu álbum de infância, onde o Rafa estava presente em quase todas as fotografias. Ou a fazer caretas atrás de mim, ou a destruir os meus brinquedos e castelos de areia. Acabei por adormecer a meio do álbum, pois era enorme.

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