Quinta, 30/12/2010
09:45 – No quarto, a dormir.
‘’No matter how many times did you told me you wanted to leave, no matter how many breaths that you took you still couldn’t breathe…’’
-Siim…?
-Toca a levantar vá, vamos sair.
-Tixa… Agora??
-Sim! Saída de raparigas. Vamos às compras. Tens que estar no quiosque daqui a uma hora, por isso apronta-te.
-Só vocês para me fazerem levantar cedo nas férias! Vou tomar banho sua melga! Até já.
Tomei banho, vesti-me, tomei o pequeno-almoço, e caminhei até ao quiosque onde nos costumávamos encontrar.
Rita: Bom Dia meninas.
Tixa e Diana: Bom Diia!
Rita: A marisca?
Tixa: Ela deve estar a chegar.
Rita: Onde é que vamos?
Diana: Comprar a roupa para a festa da passagem de ano, claro! É verdade, falaste com o Rafa?
Rita: Sim…
Diana: Tou a ver que não correu bem… Não vens?
Rita: Vou, claro.
Diana: Tens a certeza? Eu não quero que vocês se chateiem por causa de uma festa!
Rita: Tenho! Eu quero estar com as minhas melhores amigas!
Diana e Tixa: Ohh… (Olharam uma para a outra e abraçaram-se a mim)
Rita: Por falar em melhor amiga, olha quem vem aí.
Diana: Mariscaa!!
Marisa: Também quero um abraço, suas desnaturadas!
Integrámos a Marisa no nosso abraço de grupo e a Diana interrompeu-o.
Diana: Vá, vá. Demasiadas fonhónhices para o meu gosto!
Rita: Já cá faltava a anti-lamechices! Ahah.
Marisa: Bom, vamos para a paragem que o autocarro sai de lá às 11.
A caminho da paragem:
Tixa: Vocês sabem porque é que a senhora Di quer ir às compras com tanta urgência?
Rita: Tu vais… Dormir com o Miguel?
Tixa: Siim!!
Rita e Marisa: AHHH!!
Diana: Opá! Não é só por causa disso!
Rita: Ai não??
Diana: Ok, é. Mas parem! Eu tou super nervosa!
Marisa: É normal. Eu também vou estar de certeza.
Tixa: Eu acho que todas estávamos, não é Rita?
Diana: A Rita é um caso á parte. Ela conhece o namorado desde que nasceu!
Rita: Ahah. Pois, mas estava nervosa á mesma. E ele ainda estava mais que eu. Mas ouve, os nervos são só agora, porque no momento os nervos vão ser substituídos por outro sentimento que é escusado eu dizer! (Começámos as quatro a rir)
Diana: Eu amo o Miguel, a sério… Nunca pensei que viesse a dizer isto, mas ele conseguiu que eu sentisse o que nunca senti por ninguém.
Tixa: Então pronto! Nada de nervos, vai correr tudo bem. E não te esqueç…
Marisa: Hã… Meninas? Eu detesto interromper o momento, mas aquele não é o nosso autocarro?...
Rita: ÉÉ!!! Ahah. Boraa!
Começámos as quatro a correr como se não houvesse amanhã e a rirmo-nos ao mesmo tempo. Apanhámos o autocarro, e seguimos até à Gare do Oriente, onde apanhámos o metro para o Colombo. Passámos o dia a experimentar roupa, a tirar fotos, e por fim, a jogar bowling no funcenter. A Marisa ganhou, como sempre.
20:30
Diana: Desisto! Esta miúda dá cabo de mim.
Tixa: Aish oh Marisca. Tu não falhas uma!
Marisa: Ahah. É talento natural meus amores.
Diana: Estão a pensar no mesmo que eu? (Olha para nós as duas)
Marisa: Hey, hey, sítio público, lembram-se? É que nem pensem!
Rita, Tixa e Diana: MOCHEE À MARISCA!
Caímos todas no chão a rir, com a cara que a Marisa costumava fazer sempre que fazíamos isto.
Marisa: Vocês são sempre a mesma coisa! Suas pestes.
Diana: Ai, tanto riso deu-me fome… Que horas são?
Rita: Horas de ir comer. Vamos.
Entregámos os sapatos, e fomos jantar.
Diana: É verdade, foi aqui que eu conheci o meu Miguel! (Diz com cara de apaixonada)
Tixa: Uhh… ‘’O meu Miguel’’. Estamos bem, estamos.
Rita: Pois foi. Apanhei um susto nesse dia, nem me quero lembrar. O que vale é que acabou tudo bem. Nunca mais tive com o Nando, tenho saudades de falar com ele.
Tixa: Ele vai á festa.
Rita: Eu sei. Vou aproveitar para estar com ele também.
Tocou o telemóvel da Tixa, ela atendeu, e era o Rui.
Diana: Depois eu é que sou a apaixonada, olhem me p’ra aquilo. Até se baba a falar com ele. (A Tixa ouviu, e deitou-lhe a língua de fora)
Marisa: Vocês todas apaixonadas, e eu eternamente solteira. (Diz, aborrecida)
Rita: Porque queres amor. Porque é que não perdoas o Ian?
Marisa: Ele traiu-me!! Eu nunca mais o quero ver á frente.
Rita: Ele estava bêbado, e não está habituado. Ele tá farto de pedir desculpa, até dá pena. Sempre foi maluco por ti… E tu gostas dele que eu sei.
Marisa: Não interessa. Acho bem que ele esteja a sofrer. Tu perdoavas o Rafa?
Rita: O Rafa é diferente, ele já está habituado a beber, não se altera tanto. E se ele me traísse, sabia muito bem o que estava a fazer. O Ian estava fora de si, e deixou-se levar na conversa daquela estúpida que só gosta de ver as pessoas infelizes.
Tixa: Meninas, importam-se que não vá com vocês para casa? É que o Rui vem me cá buscar, vamos para casa dele.
Diana: Já sei. Ficaste em minha casa.
Tixa: Fico-te a dever mais uma.
Diana: Vai lá. Beijinho
Despediu-se de todas, e foi se embora apressadamente.
Rita: E nós? Vamos?
Marisa e Diana: Sim.
Apanhámos os mesmos transportes, e voltámos a casa.
23:55 – Meu quarto.
-Mana, jogas comigo? (Diz o meu irmão, com o Pictionary na mão)
-A esta hora, pestinha? Não tens sono?
-Não. (Boceja) Jogas?
-Está bem. Entra e fecha a porta para a mãe não ver que ainda estás acordado.
Sentámo-nos na cama, a jogar. Não passaram nem quinze minutos e o meu irmão já estava a dormir. Arrumei o jogo, e levei-o ao colo para o seu quarto. De seguida deitei-me na minha cama, a ver o meu álbum de infância, onde o Rafa estava presente em quase todas as fotografias. Ou a fazer caretas atrás de mim, ou a destruir os meus brinquedos e castelos de areia. Acabei por adormecer a meio do álbum, pois era enorme.
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