domingo, 2 de outubro de 2011

Capítulo 24 – Tu queres festa.


01/01/2011 - 08:30

Acordei primeiro que o Rafa, que estava a dormir de barriga para baixo, com os braços por baixo da almofada. Sentei-me em cima das suas costas, e comecei a dar-lhe leves beijos no pescoço, ombros, e ao longo da sua coluna.

-Hmm… Tu queres festa. (Diz com os olhos fechados, ainda meio a dormir)

Massajava o seu corpo, á medida que o ia beijando e mordendo.

-Que horas são? Deixa-me dormir sua tarada.

-São oito e meia. (Continuei a beijar o seu corpo despido)

-Eu dormi 3 horas, tem pena de mim. Tu não estás de ressaca..?!

-Não…

Tirei o soutien, ficando apenas com os boxers. Peguei numa ponta e mandei-o para a sua almofada. Ao sentir algo a cair ao seu lado, finalmente abriu os olhos. Quando viu que era o meu soutien, abafou a sua cara contra a almofada e riu-se.

-
Ok, acabaste de me tirar o sono. (Virou-se, fazendo com que eu ficasse sentada nos seus abdominais.) Olá…

-
Bom dia fraquinho. (Disse, lançando um olhar provocador)

-
Fraquinho…?!

-
Sim fraquinho.. És incapaz de satisfazer o desejo da tua namorada.

-
Ai siim?! (Rindo-se)

-
Hm Hm. (Mordo os lábios)

-
Vamos ver quem é o fraquinho.

Numa fracção de segundos, envolveu o seu braço á volta da minha cintura e empurrou-me para a cama, deitando-se de seguida em cima de mim. Agarrou-me nos braços sem me dar hipótese de me libertar.

-E agora espertinha?

Inclinei a cabeça para alcançar a sua boca e poder beijá-lo, mas ele desviou-se sorrindo.

-Nãnã.. Pensas o quê? Que eu sou assim tão fácil?

 
Enrolei as minhas pernas na sua cintura e percorri as suas pernas com o meu pé. Depois de segundos quieto a olhar para mim, agarrou-me no cabelo e beijou-me apaixonadamente. Na tentativa de ficar por cima, virei-nos, o que fez com que, sem parar com os calorosos beijos entre risos, rebolássemos até cair no chão.

-Hm..Rafa? (Entre beijos)

-Sim..?

-Espera.

-O que é que se passa? (Pára ofegante)

-Nós estamos na casa do Miguel.

-A sério? Ainda não tinha reparado. (Beija-me o pescoço, e posteriormente o peito)

-Opá, não gozes parvo. Eles estão nos quartos ao lado!

-E..? Não estamos a falar de crianças amor. Provavelmente até estão a fazer o mesmo.

-Pois, tens razão. Mas e se eles ouvem?

-Rita! Pára de falar!

Comecei a rir-me, o que fez com que ele também desatasse a rir.

-Eu não te estou a perceber. Nós já fizemos coisas bem piores, com os nossos pais nos quartos em frente.

Libertei-me dele, levantei-me do chão, e dirigi-me á porta.

-Onde é que vais? (Levantou-se)

Peguei na chave, e tranquei a porta.

-Agora sim.

Corri na sua direcção e saltei para o seu colo, enrolando as minhas pernas na sua cintura e segurando-me no seu pescoço. Trocámos beijos repletos de desejo e euforia. Ele caminhou até á casa de banho, e pousou-me no lavatório. Com as nossas mãos entrelaçadas, percorreu o meu corpo com a boca, tirando-me a única peça de roupa que restava. Liguei a torneira que estava atrás de mim, e mandei-lhe água.

-AHH..Está gelada!

-A vingança serve-se fria. (Ri-me)

-É não é?

Molhou a mão na torneira e com ela percorreu o meu corpo.

-AH AH… Está fria (Soluçava, enquanto ele se ria)

De repente dei por mim a soluçar não de frio, mas do imenso prazer que os seus movimentos me proporcionavam. Ainda sentada no lavatório, passei as mãos nos seus abdominais tonificados, baixando até aos boxers, onde era visível a sua erecção. Tirei-lhe os boxers, e beijei-o, à medida que apimentava o seu desejo com carícias no seu corpo.

-Estão na bolsinha por dentro da minha mala. Vais lá tu?

-Espera. Desvia-te para eu ver uma coisa.

Segurou-me na cintura, para eu não cair, e abriu o armário que se encontrava atrás de mim, por cima do lavatório. Lá estava uma caixa de preservativos, e tirou um.

-Como é que sabias?

-Já estive aqui a fazer sexo com a irmã do Miguel.

-Tu és mesmo parvo, não és?! (Dei-lhe um empurrão)

-É uma das minhas grandes qualidades. Eu sei lá amor. Lembrei-me que poderia haver aí, só isso. (Abre o preservativo, e prepara-se para o colocar)

-Eu meto. (Dando-lhe um beijo rápido)

-Faz com jeitinho que o meu menino é sensível.

 
No momento que diz isto, dou um beliscão ao seu ‘’menino’’.

-
Autch! Olha aí os nossos filhos, vê lá vê.

Depois de colocar, agarrei-me ao seu pescoço e beijámo-nos. Voltou a pegar-me ao colo, e encostou-me à parede do quarto. Tinha as pernas enroladas à sua cintura, e sentia o seu corpo quente contra o meu. Só conseguia pensar no quanto eu o queria, até que chegou o momento em que deixei de pensar e comecei apenas a sentir os nossos corpos a tornarem-se num só.

01:55

Ficámos nas traseiras do nosso prédio, sentados na mota a conversar antes de irmos para o almoço de família, que se dá sempre em ocasiões especiais.

-Ainda nem acredito que o Bruno vai ser pai… E casar para a semana! É estranho como o tempo passa depressa. Parece que ainda ontem nós vínhamos para aqui brincar à apanhada, e fazer asneiras aos vizinhos.

-Eu sei. O pior é que ele vai viver com a Nádia para a quinta da família dela, aquela onde eu fui passar o natal com a menina ruiva. (Lancei-lhe um olhar ameaçador) E é no Minho! Eu não vou poder ver o meu sobrinho crescer.

-Eles vão mesmo viver para lá?

-Sim. Ainda mais agora que vão ser pais. A Nádia quer estar perto da família.

-Pois, eu percebo. E o Bruno vai largar o emprego, a família, para ir viver para lá? Que cena.

-É o que faz o amor. Ainda bem que eu não te amo, senão ainda fazia coisas irracionais e parvas como ele.

-Ai é? Tu por mim até para a China ias viver oh ranhoso.

-Isso querias tu. E não penses que eu me caso aos 23 anos como o tonto do meu irmão. Nós os dois vamo-nos casar aos 45.

-Estás a pedir-me casamento?

-Bom, tecnicamente estou a aceitar o teu pedido de casamento.

-Hã..?!

-Ah pois! Tu é que não te lembras, mas ontem só sabias pedir-me para casar contigo. ‘’Rafa…És tão Lindo…Rafa…Faz amor comigo’’ (Faz uma voz fininha)

-Eu disse isso?!

-Disseste! E á frente de toda a gente. (Ri-se)

-Aish…Que vergonha.

-Nunca ouviste dizer que quando se está bêbado é quando se dizem as verdades? Consegui descobrir que és completamente obcecada por mim.

-Ai sim? E o que é que vais fazer quanto a isso?

-O que é que vou fazer? Vou livrar-me de ti antes que seja tarde demais.

-Ainda bem que avisas. Há um rapaz que me anda a pedir o número de telemóvel á montes de tempo, talvez esteja na hora de eu lhe dar.

-O quê?! Ele que vá pedir o número á prima dele, que a minha é comprometida. (Puxa-me para si e beija-me no pescoço)

Olho para o relógio.

-Ah! Tu já viste as horas? Eles de certeza que estão á nossa espera para almoçar.

-Tshi, pois é. Bora lá.

Pegamos nos capacetes e caminhamos até á porta do prédio.

-Ouve lá, mas qu…

-Não é ninguém! - Interrompo-o. – Eu já sabia que estavas a pensar nisso.

-Mas ond…

-Pst! Pára. – Interrompo-o novamente – Não comeces com os ciúmes.
(Dou-lhe um beijo rápido nos lábios, enquanto ele abria a porta do prédio.)

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