22/09/2010, Quarta.
06:30
Acordei com o barulho da minha caixa de pulseiras a cair no chão.
-Desculpa, eu não te queria acordar. Eu bati na caixa sem querer.
-Rafa? Passa-se alguma coisa?
-Não. Eu vim só buscar a cola para o trabalho. É que eu tenho que entregar hoje, e ontem acabei por me esquecer de levar. Está aqui. Volta a dormir, que ainda é cedo. Eu vou ver se me despacho a colar os recortes todos.
-Eu também já perdi o sono. Vai buscar o trabalho, que eu ajudo-te a colar tudo.
-De certeza?
-Sim.
-Vá admite lá, tu gostas é de me ter por perto!
-Já está de volta o velho Rafa!
-É verdade!
-Oh. Vai lá, despacha-te antes que eu mude de ideias.
Foi buscar o trabalho, e ficámos a acaba-lo até serem horas de ir para a escola.
17:10
Na escola:
-Bom, agora que já acabaram as aulas, queres ir lá a casa? Di, estás a precisar de te divertir. Encomendamos uma piza e ficamos a ouvir as palhaçadas do Rafael. Bora?
-Não sei… Não me está a apetecer muito.
-Nem penses! Não te vais enfiar em casa a pensar no que aconteceu! Vais para minh…(interrompi quando vi alguém á frente do portão á nossa espera) Di, está ali o Miguel.
-Vamos embora! Eu não quero ter mais nada a ver com eles.
-Di! Não sejas assim. O Miguel não é como o JP. Ele gosta mesmo de ti. Vamos ter com ele.
-Oh Rita, eu não quero sofrer mais.
-E não vais, confia em mim. Vamos ter com ele, por favor.
-Está Bem.
Seguimos na direcção do portão da escola, onde se encontrava o Miguel do lado de fora encostado á mota. Assim que viu a Diana, os seus olhos esverdeados brilharam. Eu tinha a certeza que ele não era como o João, uma pessoa como o Miguel ia fazer-lhe bem.
-Olá! Tu por aqui?
-Olá Rita. Sim, eu precisava de falar com a Diana, já sei o que se passou.
-Eu ainda não tou preparada para falar disso Miguel.
-Eu percebo. Mas vem beber um café comigo, eu prometo que não vou falar do JP. Só te quero ajudar. O que ele te fez não está certo.
-Pois não! Ela vai. Vais não vais?
-Ok, vamos lá. Até logo bitch.
-Até logo Jerk. Adeus Miguel, obrigada.
-Tchau, beijinhos.
Estava no caminho para casa quando pára uma mota á minha frente. Era o Rafa.
-Pst! Já acabaste as aulas?
-Já, vou para casa.
-Tens que ficar com o Ricardo hoje?
-Não, porque?
-Então sobe, vamos dar uma volta.
-Rafa…Não tens nenhuma namorada para tratar ou assim?
-Quando é que vais deixar de ser ciumenta, e perceber que eu só te quero a ti? Vá, anda lá.
Subi para a mota sem fazer a mínima ideia de onde ele me levaria. A um certo momento, comecei a conhecer o caminho. Levava-me para a praia do castelo. A praia onde vivemos os nossos melhores momentos. Já não íamos ali á muito tempo.
-Vamos?
-Sim.
Ficámos sentados na areia a ver o mar. A praia estava vazia, pois estava muito vento.
-Queres o meu casaco?
-Não. Eu não quero que passes frio.
-Então anda cá. Há aqui um espacinho (Disse, abrindo o casaco)
Abracei-me a ele, de maneira a ficar também coberta pelo casaco.
-Lembras-te quando eu te pequei ao colo e te levei para a água?
-Sim. Como é que eu podia esquecer esse dia?
-Foi a nossa primeira vez. Tu estavas tão nervosa que não paravas de falar.
-Olha quem fala! Tu tremias por todos os lados oh senhor corajoso.
-Isso era porque eu tinha medo de te magoar.
Olhei para ele, o que fez com que as nossas bocas ficassem a milímetros de distância. Ignorei todas as contradições, e beijei-o.
-Eu tinha tantas saudades tuas.
-Fogo! Tu andavas-me a assustar Rita. Eu cheguei a acreditar que já me tinhas esquecido. Fiquei bué mal.
-Ai é? Mas não eras tu que tinhas a certeza que eu te amava?
-Oh, isso era por fora. Por dentro estava cheio de medo. Principalmente depois de tu começares a andar lá com o Nandinho das motas.
-Olha quem fala! E tu?! Tu andas com uma diferente todas as semanas.
-Oh…É diferente.
-Diferente?! Porque? Por seres rapaz?
-Não. É diferente porque eu só andei com outras pessoas porque tu acabaste comigo. Sabes bem que por mim tínhamos continuado juntos.
-Pois. E como eu acabei contigo tinhas que andar com todas as raparigas da escola. Mas já chega. Fica sabendo que se bate mais alguma à minha porta, eu explico-lhe o caminho mas é para o inferno.
-Que mázinha.
-É verdade! Estou farta de te ver aos beijos com outras.
-Eu já te irritei o suficiente amor, já não é preciso.
-Que parvo!
-Posso ser parvo, mas tu morreste de saudades, confessa lá.
-Pois foi.
-E sabes do que é que eu tenho saudades?
-Do que?
-Daquelas massagens que tu me fazias.
-E eu a pensar que ia sair daí uma coisa super romântica.
-Isto foi romântico! Quase te pedi em casamento.
-Vai dar banho ao cão.
-Vê lá se queres que te dê banho a ti não tarda. Mas faz me lá…
-Não!
-Ai é?
-É!
-Então tá bem!
Deixando o casaco cair para trás, agarrou-me nas pernas e pendurou-me no seu ombro à medida que corria em direcção ao mar. Por muito que esperneasse e me tentasse libertar, era inevitável. Atirou-me para a água dando de seguida um mergulho.
-RAFA! Eu não acredito…Está gelada, Eu estou a morrer de frio.
-Eu tou quentinho. Vais ter que te abraçar a mim se não quiseres morrer com hipotermia.
Abracei-me a ele, e ele tirou a camisola.
-O que é que estás a fazer?
-Estou a despir-me, não queres que eu fique dentro de água vestido, ou queres?
-Rafa…Eu sei perfeitamente o que estás a fazer! Esqueces-te que eu te conheço há 17 anos?
-Pois, e eu também te conheço o suficiente para saber que queres tanto como eu.
-Mesmo que queira, não vai acontecer! Eu estou gelada, por tua culpa!
-Ai sim? (Já sem calças e camisola, começa a beijar-me)
-Sim..(Completamente derretida pelos seus beijos ao longo do meu corpo)
Tira me a camisola, e eu tiro os calções. Com os nossos corpos praticamente colados um ao outro, era impossível resistir-lhe. Estava a ficar entusiasmada quando ele se afasta de repente:
-Bom, está na hora de irmos para casa.
-O que?!
-Sim, está a ficar tarde.
-Estás a gozar?! Porque é que paraste?
-Custa, não custa? Esta foi para pagar as vezes que tu me deixaste plantado. (Dá me um beijo rápido e sai da água com cara de gozo)
-Ai é?!
-É!
-De certeza?!
-Sim!!
-Então tá bem!! (Tirei a roupa interior e saindo da água, passei por ele sem sequer olhar para o lado)
-Não acredito que fizeste isso. Rita, veste-te! Pode aparecer aí alguém.
-E se aparecer? O corpo é meu! Faço o que eu quiser!
-Não, não fazes! (Foi buscar o casaco e correu para me cobrir) Qual é a tua ideia?! Ser violada na praia é?! Pára quieta e tapa-te sff!
-Como se tu te importasses! Só me trouxeste aqui para poderes dar-me uma tampa!
-Não sejas parva! Isso foi só para te provocar. Eu não te trouxe aqui para isso! Muito menos só para fazer amor. Era só para estar contigo, mais nada. Vá lá, agora veste-te que eu não sei se consigo resistir muito mais tempo.
Vesti a roupa interior, e coloquei as nossas roupas em cima de uma rocha, para ver se secavam.
-As roupas só devem estar secas amanha.
-Então vamos com as roupas molhadas, não quero que passes a noite ao frio e fiques doente. - Disse-me.
-Doente vou eu ficar se vestir as roupas encharcadas.
-Tudo bem, dormimos aqui. (Deitou-se na areia e tapou-se com o casaco) Então? Anda para aqui.
-Depois da tampa que me deste? Só se pedires com muito jeitinho.
-Amor, eu quero dormir abraçado a ti. Podes vir para ao pé de mim? Por favor? Está melhor assim?
(Deitei me na areia ao seu lado com o casaco a tapar-nos metade do corpo)
-Está. Agora abraça-me que eu estou gelada.
-É para já.
Adormecemos abraçados entre muitos beijos e quando chegou a madrugada voltámos a casa para depois irmos para a escola.
adorei continua!!!! :D
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